A FAPERJ apoia as atividades do Laboratório

2 de dez. de 2011

E já se passaram 3 anos...

Hoje fizemos a última coleta de 2011. Com esta, completamos 3 anos de dados contínuos em Arraial do Cabo. Foram (e são) muitos experimentos e estudos. Esponjas (Paraleucila magna e Sycettusa hastifera), Poliquetos (Branchiomma luctuosum, Pomatostegus stellatus, Spirobranchus giganteus), Ascidias e muito mais.

Cada ida a campo reserva suas surpresas. A de hoje foi o retorno de Ciona intestinalis às nossas placas. E uma colonização enorme de poliquetos serpulídeos e de P. magna.


Mas algumas coisas estão chamando atenção. A construção do Porto do Açú especialmente. As estruturas do pier estão sendo construídas em Arraial do Cabo e serão transportadas até a Barra do Furado. São gigantescos blocos de concreto. O significado biológico desta instalação levará anos até ser entendido (se é que um dia entenderemos).

Como sempre, algumas fotos para ilustrar nosso dia.

Paraleucila magna


  Ciona intestinalis


Tubastrea sp e Pomatostegus stellatus (junto com esponja e outros animais)

4 de nov. de 2011

Teredinidae - Moluscos perfurantes de Madeira

Enfim, após mais de 15 anos, volto a estudar os Moluscos Bivalves da Família Teredinidae. São animais muito singelos, pois da mesma forma que na história de João e Maria, estes animais alimentam-se da própria casa: a madeira, que lhes serve de abrigo, proteção e alimento.

Junto com uma aluna (Fernanda Castro da Cruz), iniciamos um trabalho de distribuição destes organismos em mais de 250 km da costa do estado do Rio de Janeiro, desde Angra dos Reis até Cabo Frio.

Somente dois trabalhos foram conduzidos em uma amplitude geográfica deste porte no Brasil: o primeiro, de Junqueira, Silva& Martins-Silva (1989) e o segundo, uma dissertação de mestrado de Barreto (1994). Ou seja, há mais de 17 anos.

Mas como será que estas comunidades se apresentam hoje, com tantas mudanças no ambiente, como destruição de habitats, sobretudo manguezais, diminuição do uso de madeira no mar, alterações no ciclo das águas devido à captações, desvio de rios, aumento do lançamento de esgotos e consequente eutrofização e outras mudanças que nem temos conhecimento.

Então, vamos esperar os resultados que começarão a surgir daqui a 3 meses e ver o que mudou. Quais espécies ocorrem nestes ambientes e o qual a intensidade de destruição de madeira.


Se quiser conhecer estes dois trabalhos anteriores busque por:



Barreto, C. C., 1994. Distribuição de Teredinidae Rafinesque, 1815 (Mollusca:Bivalvia) ao longo da costa sudeste do Brasil, Dissertação de Mestrado, Zoologia, Museu Nacional, UFRJ

Foto do coletor com Teredinideos de Sérgio Henrique Gonçalves da Silva

26 de ago. de 2011

Ascidia predators

Mais um campo realizado hoje e fica claro que a predação elimina muitas espécies de Ascídias. Com o acesso livre às placas, uma monotonia... só Bryozoa incrustante (Schizoporella errata e outras).

Mas quando excluímos os predadores, a coisa muda totalmente: e aí é hora de colocar em prática o PASI-TUNICATES 2011. Muitas espécies de Ascidia spp, Phalusia nigra e muitas outras. Mas a novidade é Rhodosoma! Muito linda!


1 de jul. de 2011

Advance Tunicate Biology 2011 - Bocas del Toro, Smithsonian Tropical Research Institutel Techniques for the Study of Ascidians

Há 3 semanas postei aqui o início do curso. Queria ter escrito mais mas as varias atividades não me deixaram muito tempo livre. Mas o resultado destas 3 semanas foram ncríveis. Aprendi(demos) muita coisa nas aulas (Lectures), nos experimentosm nas saídas ao campo e na conversas e convivências e trocas de experiências entre todos: instrutores, alunos, staff...

A base é realmente incrível. Quem tiver a oportunidade, deve conhecê-la e realizar estudos lá. Tem curso programado para 2012 e 2013. Algas, Esponjas, Poliquetos e Larvas de Invertebrados marinhos estão entre os planejados. Mas um de recife de coral e um de ecossistemas de manguezais seria perfeito.

Muita coisa me surpreendeu. Vi muitos "esquemas de livros" ao VIVO e se mexendo. Zonação em recifes coralíneos então, surpreendente. Inicia com o manguezal, depois vem uma zona rasa com "seagrass bads"m pais uma lagoa e depois corais rasos (rasos mesmo, se bobear, a gente encalha nadando) como Porites. E depois um talude que se estende até os 8, 10, 15m. Pena não poder usar os cilindros da estação. Mas no peito deu para ver muita coisa.

Algumas fotos de demonstração:




10 de jun. de 2011

Advance Tunicate Biology 2011 - Bocas del Toro, Smithsonian Tropical Research Institutel Techniques for the Study of Ascidians

Pan American Advanced Studies Institute: Advanced Tunicate Biology: Integrating Modern and Traditional Techniques for the Study of Ascidians

 Este é um curso fantástico! Começou ontem e não há modo de não achar tudo incrível.  A começar pelas instalções da estação do Smithsonian Institute em Bocas del Toro, Panamá. Tudo muito organizado, com tudo o que se necessita para a realização de estudos e experimentos, o pessoal da estação é muito atencioso e cuidadoso. 

O local é também fantástico. Estamos à beira do caribe, em uma região que é rodeada por manguezais e no fundo, bancos de "gramas" marinhas e corais, muitos corais.

O Curso iniciou-se ontem com aspectos gerais de Ascidiacea e hoje pela manhã, tivemos uma saída para coletar alguns indivíduos. Agora à tarde, teremos uma apresentação sobre alimentação e depois, passaremos a mais atividades práticas.

 

Para algumas fotos, vejam o endereço:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.2052049057374.122296.1128949392&l=dceede0b35

20 de jan. de 2011

De volta ao campo... (Back to the field to new sampling...)

Durante o processo de avaliação do artigo surgiu uam dúvida por parte de um dos Referees... a espécie era realmente Spribranchus giganteus ? Tinhamos certeza da identificação, confirmada pelo Prof. Paulo Paiva da UFRJ, que já identificou esta espécies outras vezes no litoral brasileiro. Mas antes de voltar o manuscrito, resolvemos ir ao campo para coletar alguns indivíduos e fotografarmos, pois a imagem do animal vivo, com seu penacho e opérculo característico e ainda mais, vivendo sem a associação aos corais seria a informação necessária para respondermos ao referee... mas aí veio a surpresa... não tinhamos somente S. giganteus. Tinhamos também um Molusco. Isto mesmo, um Gastropode - Vermetidae, que muito se parece com um Serpulidae e nas nossas contagens, foram admitidos como S. giganteus. Ainda não temos a espécie identificada e achamos que pode se tratar de um Serpulorbis sp ou até quem sabe, um Dendropoma sp.

Para não dizer que voltamos ao início de tudo, agora temos vários trabalhos e perguntas para responder:

1) Qual(is) a(s) espécie(s) de Vermetidae encontrada(s) no local ?
2) Qual a real distribuição e densidade de S. giganteus ?
3) O que atrai S. giganteus se não é observada a associação aos corais ?

Segue abaixo algumas fotos dos animais para observação e chamar a atenção também para a semelhança entre os dois grupos. As fotos estão em 300 dpi para quem quiser ver algum detalhe. Por favor citar a fonte em caso de utilização.









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