E chegamos ao terceiro mês do experimento na Ilha Grande. Como passa rápido, outro dia ainda estávamos planejando, solicitando $$, autorização, organizando a equipe... Mas é assim, o tempo passa rápido e daqui a mais uns dias, já iremos retirar e trocar as estruturas. Mas vários resultados já estão aparecendo. Algumas novidades e constatações e outras novas idéias, rio adentro.
A primeira constatação é a inclusão da esponja calcárea
Paraleucilla magna na região da costa verde. Até onde sabemos, este é o primeiro registro desta espécie para lá. Ou seja, mais trabalho para a Fernanda Cavalcanti, Michelle Klautau e seu grupo do LabPor-UFRJ.
Bom, mas as nossas placas vão bem. Apesar de notarmos uma redução nas coloniais, elas continuam dominando os substratos das caixas protegidas da predação, enquanto os Bryozoa continuam dominando nas caixas com predação. Nenhuma novidade nisto. Só mesmo a
Paraleucilla ter sido encontrada na caixa com tela. Algumas ascídias coloniais diferentes surgiram, como a da foto acima. Esta também já foi vista em Arraial, falta só identificá-la. Mas não parece ser nada desconhecido ou novidade.
Mas nossa curiosidade foi aguçada por nossas incursões no interior do rio. No limite com o trecho final de corredeiras ainda observamos uma grande quantidade de cracas e de ostras, indicando que a água do mar chega com força até lá. E acreditamos que isto ocorra mesmo no verão, com as cheias do rio por causa das chuvas. Interessante pensar no transporte larval e no assentamento neste local. Novo projeto ? Quem sabe... Interessante que as larvas se acumulam neste ponto. Mas vejam a zonação vertical...
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Trecho no limite de navegação - transição ambiente ritral para potamal |
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Algas ? |
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Ostras (muito grandes!!!) |
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Cracas (a identificar) |
Bom, vejamos as novidades que surgirão ao final do mês. Muita curiosidade desde já. E teremos os coletores de Teredinidae também!